Hoje a matriz energética brasileira é majoritariamente de fontes renováveis, sendo que 61,8% do sistema é abastecido pelas hidrelétricas. Contudo entende-se que ainda há muito potencial para que diferentes setores se tornem mais sustentáveis e junto com essas soluções que têm ganhado força, como as Eólicas e fotovoltaicas (entenda mais sobre o licenciamento em empreendimentos energéticos aqui), temos o Hidrogênio Verde, que vem sendo considerado o Combustível do Futuro.
O Hidrogênio Verde é obtido pela quebra de moléculas que contenham H2 provenientes de fontes renováveis de zero emissão ou de baixo carbono, como por exemplo do biogás, do etanol, da vinhaça e até mesmo da água.
Hidrogênio Verde: Quais os caminhos estratégicos que se abrem para o país?
A Revolução do Hidrogênio Verde e seus Caminhos Estratégicos para o Brasil
O Hidrogênio Verde é obtido pela quebra de moléculas que contenham H2 provenientes de fontes renováveis de zero emissão ou de baixo carbono, como por exemplo do biogás, do etanol, da vinhaça e até mesmo da água.
Hoje apenas de 2-5% do Hidrogênio produzido é verde, porém a perspectiva é de que até 2031 o mercado de Hidrogênio Verde cresça mais de 6.000% no mundo, com uma taxa de crescimento anual composta de 51,6%.
Projetos Sustentáveis no Brasil e o Potencial da EDP do Brasil
De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), desde 2000, 990 projetos de hidrogênio foram identificados no mundo, sendo que desses 3 são no Brasil (a do Porto do Pecém, no Ceará, de Suape, em Pernambuco e a do Porto do Açu, no Rio de Janeiro). Ao todo, são 67 países com pelo menos uma iniciativa sustentável na área.
Acredita-se que até o final de 2022, a EDP do Brasil, responsável pela instalação do projeto piloto de hidrogênio verde em Pecém, poderá colocar em operação a primeira usina de hidrogênio verde do país com capacidade de 3 MW. O projeto é muito comemorado também pelo Estado do Ceará, pois de acordo com o CEO da EDP: “Esse projeto posicionará o Ceará como pioneiro na geração de conhecimento sobre o assunto e no centro de uma vasta cadeia de produção e aplicação desse combustível.”
Perspectivas da Indústria Brasileira e Desafios a Serem Superados
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou recentemente um estudo sobre as perspectivas de aplicação do hidrogênio na indústria brasileira, onde foram identificados alguns pontos relevantes como:
Foi identificado que os setores de refino e fertilizantes, hoje grandes consumidores de hidrogênio cinza, têm potencial de uso imediato das opções sustentáveis como estratégia de descarbonização;
O desenvolvimento do hidrogênio sustentável no país depende de medidas estruturantes, entre as quais a elaboração de uma política industrial que impulsione a produção de equipamentos e a prestação de serviços, com incentivos ao financiamento para descarbonizar setores e segmentos potencialmente competitivos e que possam contribuir para o crescimento econômico do país associado a menores níveis de emissão de gases de efeito estufa;
Outro desafio para o desenvolvimento do setor é a questão da infraestrutura de transporte e armazenamento, por envolver questões de segurança na manipulação que requerem protocolos, normas e formação de recursos humanos;
Proposição da criação de um Observatório da Indústria para o Hidrogênio Sustentável, plataforma para divulgação de informações e análises sobre tecnologias, projetos e políticas públicas voltadas à indústria nacional.
O presidente da CNI acredita que para o Brasil se tornar uma referência “é muito importante que o foco seja a construção de marcos regulatórios para que estes tragam segurança aos investimentos, incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias, adoção das melhores práticas internacionais e promoção de estudos que dimensionem adequadamente o potencial do segmento”.
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