ESG e a matriz de materialidade
Hoje vamos falar sobre um importante passo para começar a implementar os princípios de ESG dentro das empresas, e que está se popularizando dentro das organizações: a matriz de materialidade. Essa é uma ferramenta que ganhou visibilidade a partir da sua divulgação como um componente de Relatórios de Sustentabilidade que seguem as diretrizes da Global Report Initiative (GRI), para “melhorar a qualidade, o rigor e a aplicabilidade dos relatórios de sustentabilidade”. Por abordar as esferas de Governança, Responsabilidade Social e Cuidado com o Meio Ambiente, a matriz de materialidade é muito útil como direcionador de ações rumo à implementação de ESG dentro das companhias.
Bom, mas vamos para os conceitos! Uma matriz de materialidade é um recurso que identifica e permite priorizar os temas de maior importância e impactos para os negócios de uma determinada companhia. A ideia é identificar em que grau e abrangência um certo tema impacta positiva ou negativamente o crescimento da organização, seus custos e sua participação no mercado.
Por meio da matriz de materialidade é possível mapear as grandes questões para as quais a empresa deve concentrar boa parte de seus esforços, investimentos e engajamento, trazendo previsibilidade e permitindo um planejamento muito mais assertivo para o futuro do negócio. Ela também é importante porque mostra quais os temas são mais importantes para os stakeholders da empresa, tanto internos quanto externos.
É importante ressaltar que matriz de materialidade e matriz de risco são conceitos diferentes! A matriz de risco, como o próprio nome traz, busca identificar quais são os riscos que merecem ações de prevenção (e/ou mitigação) de maneira prioritária. Já a matriz de materialidade visa a identificar os temas de maior impacto para os negócios da organização.
Primeiros passos para construir uma matriz de materialidade
E como podemos construir a matriz de materialidade? Uma das alternativas mais utilizadas é por meio de consulta direta aos stakeholders da empresa, através de entrevistas semiestruturadas. A ideia é realizar uma seleção prévia de temas a serem abordados, que podem ser levantados com base em análises de benchmark e por meio de especialistas no ramo de negócios da empresa. Em seguida, se proceder às entrevistas que buscam captar a visão dos stakeholders a respeito de cada tema. As respostas são analisadas pensando em mapear e documentar os temas mais relevantes, que servirão como direcionadores das ações da empresa rumo à sustentabilidade.
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